terça-feira, 19 de junho de 2007

COMO ÁGUA...


Como água...
 
Hoje o dia transcorreu como água
entre os dedos meus...
Ainda á pouco era madrugada,
agora me ofereces teu ombro,
para que durma sobre os cabelos teus!
Dia de paz e encantamentos
trouxe breves momentos, leves, tranqüilos
onde nos olhamos, nos falamos, nos tocamos
com calma, com as almas que Deus nos deu!
Não passaram pela minha cabeça,
durezas que fariam difíceis os passos na travessia deste dia...
Não houveram tristezas...
Não houveram renúncias...
E agora estendes o corpo langüidamente como gata,
ao meu corpo que se retessa...
A espera que me possuas, e tuas garras
em minhas costas façam frestas...
Nas águas que escorreram neste dia, nas horas dispersas
veio navegando a nau de nossas vidas...
Em águas mansas e quietas...
Que nossa nau navegue sob outros céus de brigadeiro,
noutros dias, futuros dias de nossas vidas...
Que venham outras águas,
outros momentos de calma, de paz e encantamento...
É chegada a hora de amá-la...
Bridemos com amor o tempo da vida que nos resta!
Façamos em nossos corpos festa!
Que suas garras de gata façam em meu corpo as frestas
por onde escorram outras águas...
Gozo de amor, do amar que nos espera e nos liberta!

Edvaldo Rosa
17/06/2007
 


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