quarta-feira, 22 de junho de 2005

NEM AO MAR, NEM A TERRA...

NEM AO MAR, NEM A TERRA!

Procurando-te...
Nos pratos de balanças,
Nos punhados espalhados,
Nas palmas das mãos librianas...
Apanhei-me!
Olhava o prato, as palmas,
E o que via não me bastava...
Nem me reconstituía á vida,
A perdida, confiança, desgarrada!
Um mar a palma esquerda,
De lágrimas e soluços havia.
Na direita,
O amor, que ferido sangrava!
Um olhar-labareda tênue,
Com esperança ia,
A olhar a esquerda, chorava,
A direita ria!
Nem ao mar, nem a terra aderia!