domingo, 22 de janeiro de 2006

vem me amar...

Vem me amar...

Sai amada minha, desta distância que nos separa,
usa tuas asas e vem...
Ganhe as estradas,
os céus e vem...
Não importa a tua hora de chegada,
apenas vem...
Minha boca que lhe grita este apelo,
tem em seus lábios pronto o beijo
com o qual brindara tua chegada!
Meus braços meneiam abraços,
abraçando loucamente o vento,
na ânsia louca por abraçá-la!
Meu peito, ah! o meu peito...
Vibra em ter-te a face nele recostada,
vibra por sentir-te nele aninhada,
vibra por desejo...
Desejo de teus lábios, tornados beijos,
tua lingua, faca afiada,
a penetrar-me o corpo profundamente,
a fazer com que minha mente em extase se embaralhe,
ao matar de meu corpo, meus desejos de amar-te!
Vem me amar, amada minha,
pois esta distância e iqual á solidão dos condenados:
Que pagam caro pelos seus erros!

domingo, 8 de janeiro de 2006

E assim...

E assim...

E assim estou indo em frente,
procurando firmar os passos no caminho!
A cada passo, cruzando espaços,
que me levam ao fim do infinito!
É assim que vou indo em frente:
Levando em meus braços o peso de meus atos...
Em minhas mãos os calos da lide,
em minha mente o passado como recordação!
Meu peito pulsa ação após ação,
-Amar custa esforços sem conta...
Lágrimas, sorrisos...
Amar sempre me desnuda,
E assim estou indo em frente,
sempre sentido na tez
os frios e os calores do tempo!
-Não tenho tido tempo para trocar a muda de roupas...
N'alma, quantos almas se irmanaram,
como se fossem nuances de tapeçaria...
Ela, a minha'lma, sendo um todo,
ao toque atento revela-se em partes...
E estou indo em frente, assim, assim...


08/01/2006