terça-feira, 10 de novembro de 2009

SÓ NOS DOIS...



SÓ NOS DOIS...

Fecha a porta,
cerra as cortinas da janela,
de seu coração, minha amada!
Para que nada e ninguém mais possa entrar!
Joga as chaves, dele fora,
por ai as esqueça!
E eu que já moro dentro de ti,
não deixe que eu saia...
Ficar é o meu sonho, que permaneça!
Como é um pesadelo, ter que ir-me embora!
Abra a cortina das janelas,
um minimo que seja,
para que o hálito de uma briza benfazeja,
nos renove e nos dê força!
Cuida, que não as escancare demais,
para que por elas não entrem
com os olhos da inveja,
os olhares de cobiça,
sobre o nosso amor!
E para que por elas
não saiam nossos ais...
Para que ouvidos loucos,
não espalhe para muitos ou para poucos,
os sons da canção que é o nosso amor!
Mas não tape todas as brechas,
algumas deixa!
Para que a luz de nossos dias,
fruto das esperanças em nossas auroras,
após nos tocar a todo tempo,
e em todas as nossas horas de amor,
possam ascender infinito...
Como agora,
que a lua prateada, se empalidece de pudor...
E o brilho das estrelas fazem festa,
para o nosso grande e belo, puro e impuro amor!


Edvaldo Rosa
22/10/2009
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BOBAGENS QUE O AMOR COMETE...



BOBAGENS QUE O AMOR COMETE...


Bobagens...
A tua boca grita,
o que dentro de teu peito,
são apenas suspeitas,
venenos que em silêncio dormitam...
As palavras do grito,
gritam incertezas,
pensamentos vagos...
Bobagens,
este ciumes que te alucina,
criam!
Que fazem tremer teus dedos,
que negam-me uma caricia...
E se me afaga não acaricia!
A única verdade é o amor que sentimos,
e que assim não se eterniza...

Edvaldo Rosa
19/09/2009
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JUNTOS APESAR DE NOSSAS DIFERÊNÇAS...



JUNTOS APESAR DE NOSSAS DIFERÊNÇAS...


O que somos e o que sentimos
Confundem-se e se conflitam...
Coisas do amor!
Nestes momentos mal vividos,
Onde estranhamos a nós mesmos,
Proferindo palavras ásperas,
Machucando nossos corações,
Já bastante doidos!
Minhas certezas tão sólidas,
Ao sabor das correntezas
De suas lamentações furiosas,
Indo e vindo,
Vai se ressentindo,
E sem que se aperceba,
Sem desfazer-se totalmente,
Vai se esfarelando...
As tuas dores,
Tão iradas verdades,
Sem se desfazem tornam-se vagas
Chocam-se com a dureza de minhas certezas,
Enraizadas em meu ser...
Somos assim de naturezas distintas...
Que se prestam ao embate sem medo de morrer!
Façamos uma trégua!
Caminhemos juntos vida afora!
Da dureza de meu ser que se faça a arreia,
Do seu estado de ira, ondas e vagas...
Dos nossos embates, construamos a paz...
Para que assim, juntos mesmo em nossas divergências,
Sejamos belezas, de natureza que apraz...
Uma paradisíaca praia,
Onde nossas vidas criem trilhas,
Com dois pares de pés!
Para que outros amantes, nos sigam,
unidos, ungidos de amor e outras bençãos a mais...


Edvaldo Rosa
29/09/2009
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OLHOS NOS OLHOS...



OLHOS NOS OLHOS...

Olho o mar como a um espelho,
Reflete o meu olhar o mar,
Nas vagas que me beijam os pés!
Quero sentir com eles,
O sal das minhas lágrimas,
Que derramei de sol a sol!
Um sal diluído,
Purificado,
Arrependido,
De seus pecados...
Numa forma nova, de ser, menos sal!
Ao mar volto o olhar,
Ás suas vagas,
Á arrebentação...
Como a me lembrar de toda a força,
Empreendida em minha jornada,
Na busca de não ser tão só!
Os olhos fitam, fixos as lâminas d’água,
Libertos de tristezas e mágoas,
Fitam o mar com calma...
Estou cara a cara comigo,
Mistério de ser homem,
Natureza de forças opostas,
Colocadas frente a frente!
Olho nos olhos o mar que me olha,
O finito fitando o infinito,
Naturezas opostas...

EDVALDO ROSA
18/10/2009
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UM HOMEM,UMA MULHER, UM BEIJO...




UM HOMEM,UMA MULHER, UM BEIJO...

Duma concreta matéria, terra
Duma matéria etérea, ar...
Naturezas opostas,
Opostos hemisférios...
Da mesma matéria terra,
Da mesma etérea matéria,
Num mesmo hemisfério!
O concreto e o mistério,
Consoantes...
Um que sustenta,
Outro que se apóia!
Um e outro que se apóia
No que sustenta!
Razão e sentimentos,
Maciez e dureza...
Frutos da mesma natureza,
Distintos,
Consoantes...
Homem, pilastra,
Mulher, esteio...
Eu e você...
Tudo resta,
Nada falta, nem sobra!
Eu te basto,
Você me basta...
No nó com que te enlaço co’ os braços,
No nó nos braços com que me abraças!
Co’a boca te beijo,
O beijo que co'a tua boca me beijas...

EDVALDO ROSA
09/11/2009
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DA FORMA QUE FOR...



DA FORMA QUE FOR...

Vivo horas, como agora,
Que não me importo com nada,
Só quero ter a amada,
Da forma que for...
Meu corpo é da loucura uma morada,
Acompanhada de solidão e dor!
Meus olhos são vidraças embaçadas,
Pelas lágrimas salgadas
Do desamor...
Como agora, vivo horas
Amargas...
Sem os braços de minha amada,
Os beijos ardentes,
Os carinhos quentes,
Os olhares meigos,
O perfume doce...
Sem amor!
Volta, volta da forma que for,
Envolva-me em teus abraços,
Enlaça-me em teus cabelos,
Contenha-me em si!
Continente para o meu amor!
Da forma que for...

EDVALDO ROSA
10/11/2009
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