Línguas...
Línguas...
a que falo,
a que calo,
a que faço calar!
A que pouco ouço,
a que escuto com desejo,
a que numca almejo, escutar!
Línguas...
mecanismo e intento,
que me penetra boca adentro...
-Faca afiada sobre meus desejos,
que deseja me excitar!
Línguas,
cheias de encantos e simbolos,
outras impossivéis de encantar!
Línguas...
tem as que compreendo,
outras difíceis de decifrar!
Línguas...
prefiro as das crianças,
que lançam esperanças,
em seu balburciar!
Línguas...
As escolho, para recostar os ouvidos, quando posso,
Pois sendo carne, nem tem ossos...
Mas ossos podem quebrar!
Línguas...
Eu desejo, entre todas, a mais doce...
Que faz com que estale a minha no céu da boca:
A tua, quando louca,
como seta, voando ao céu de minha boca,
vem a minha beijar...
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
http://www.ferool.info/lingua3.htm
Blog de divulgação de literatura brasileira, de novos autores, com apresentação de resenhas, poemas, crônicas coordenado por Edvaldo Rosa.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006
sábado, 11 de fevereiro de 2006
A BAILARINA...
A Bailarina...
Danças sob luzes lusco fusco
como se fosses um sonho...
Danças sob nuvens de fumaça
como se estivesses envoltas em mistérios...
Danças sobre o tablado,
como se seus pés conhececem todas as pedras do caminho...
Danças como se tivesses asas
e como a propria musica
faz piruetas em pleno ar!
Com cada movimento tão calculado,
danças com os passos inscritos a fogo
-xilogravura, em teu celebro entalhada!
Danças como se não houvesse terra, só ar!
Como se não houvessem duras realidades,
como se não houvessem imperfições...
Na tua dança, é tudo perfeito,
feito sob muita dedicação!
Danças...
E a cada movimento tú me carregas,
e a cada instante de tua profunda entrega,
me encantas e a voz embarga!
Danças esta dança misteriosamente “cega”,
mas que enquanto se consuma,
tudo enxerga!
Dance minha bela bailarina,
continue a ensinar-me a ver a vida,
da mesma forma que você a enxerga!
11/02/2006
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