quinta-feira, 21 de abril de 2016

CILADAS DO AMOR, - Resenha de Edvaldo Rosa.

CILADAS DO AMOR.Resenha de Edvaldo Rosa. Chega ás minhas mãos o livro “Ciladas do Amor”, de Mora Alves, terceiro livro desta escritora e poetisa de Guarulhos, SP. Começo a trilhar os caminhos descritos pela autora, caminhos que falam do amor de hoje, diferente e distante do amor dos românticos, dos poetas, dos músicos... “Ciladas do Amor” de Mora Alves, vem falar do amor real, do dia a dia... Daqueles que se iniciaram no sonho, alimentados de esperança, mas que degringolaram com o passar do tempo e das circunstâncias... Fala daquele amor que escancara suas mazelas nos telejornais da TV aberta. Daquele amor que grita a sua dor nos programas policiais... E daquele amor que se cala, nos recantos de muitas casas de nosso país, medrado, desconfiado, inseguro... Prisioneiro em si mesmo, prisioneiro daqueles a quem julga amar! Mas, é bom que fique claro, se o livro de Mora Alves, é um verdadeiro grito de alerta, contra a violência a que muitas mulheres estão sujeitas... Um grito de alerta contra a sujeição a que muitas mulheres se sujeitam por vários motivos, uns de foro pessoal, outros por imposição de cunho social... Também é um romance maduro, bem estruturado, que prende a atenção do leitor, que não vê a hora de se chegar ao final. E que se coloca o dedo na ferida, também não se furta a apontar rotas de fuga. Assim, Mora Alves mostra-se competente em sua narrativa, urdindo uma história com mestria, “Ciladas do Amor” é um romance repleto de muitas reviravoltas que vai levando o seu leitor mais atento a um final surpreendente, e a um final que desde as suas primeiras páginas foi certamente aguardado. Quem hoje, não espera um grande final para uma história de amor? Com a leitura dos capítulos desta trama, pude sentir apreensão, alegria, surpresa, e alivio... Uma gama de sensações proporcionadas por Mora Alves, que justifica as palavras de Castelo Hanssen: “Mora Alves confirma o que já tinha demonstrado em” Novo Amanhecer”. É uma ficcionista completa...” “Ciladas do Amor” é um romance muito atual que surpreende por sua atualidade, pela frieza de certos acontecimentos, que levanta inúmeros questionamentos, que foram oportunamente lembrados pelo escritor e poeta Wilson Jasa: “Ciladas do Amor” é um livro forte, (...) e fará com que seus leitores repensem na própria existência de sonhos, paixões, desilusões; e quem sabe até possam mudar para melhor a si mesmos... Quanto a mim, penso que Mora Alves, neste terceiro livro, e segundo romance, “Ciladas do Amor” cumpre o seu papel de transpor a realidade para a ficção, e assim ajudar a se refletir sobre tema tão pungente: A violência doméstica, confundida e ou mascarada pelo que se chama de amor! Mas é a própria autora que lança um questionamento também muito importante: “Libertar-se do passado, será que o amor conseguirá apagar as marcas deixadas por ódio e vingança?” Após a leitura deste romance “Ciladas do Amor” e mesmo antes, eu trago comigo um pensamento: Se o amor, livre de amarras, pré-conceitos, sentimentos de posse, egoísmos e falsas expectativas não nos salvar, nada, nada nos salvará! O problema é que possivelmente poucas são as pessoas que vivenciam um amor assim... Assim, o romance “Ciladas do amor” lança um alerta, que todos nós possamos aprender a amar! Edvaldo Rosa www.sacpaixao.net 24/03/2016

Pedra do Sal – Um pescador e seus amores. Resenha de Edvaldo Rosa

Pedra do Sal – Um pescador e seus amores. Tomei em um só fôlego a leitura do livro “Pedra do Sal – Um pescador e seus amores.” de Rita de Cássia Amorim Andrade, pela leveza da leitura, e pelo encantamento despertado em mim pelos personagens e fatos nele apresentados. Atitude imprudente talvez, mas que me proporcionou um incontornável prazer! Rita de Cássia consegue em sua escrita cativar e prender a atenção, com carisma e habilidade, num fraseado muitas vezes, e em muitas passagens, poético. Passear pela famosa praia de Pedra do Sal, no delta do Parnaíba, conhecer a “Pedra Gigante”, visitar o “Morro Gemedor”, encontrar-me frente a frente com os habitantes do lugar, fazer-me amigo de Simão Pedro, e até, em certa medida, o seu confidente, são alguns dos méritos deste romance. Pensar-me como ele, às vezes tão irascível, noutras tão terno, fez com que me afeiçoasse por este personagem, dado as dificuldades com o amor, com as mulheres... Simão Pedro é tão humano, e tão desprovido de preparo para o amor, em certos momentos, quanto muitos de nós! Em certos momentos da leitura não pude deixar de pensar no quanto nós homens estamos desarmados para o enfrentamento das questões do coração, e com certos embates em que a vida nos coloca diariamente... Fica a impressão de que estamos em desacordo com as mulheres, em faixas diferentes de sintonia, ainda mais quando se fala em planos de vida, em sonhos e expectativas... Parece-me que homens e mulheres têm em si, ainda mais hoje em dia, um modo cada vez mais diferenciado de encarar a vida, os planos profissionais, o amor! Ainda mais quando vêm à tona as experiências mal sucedidas... E as conseqüências que delas advêm! Assim, “Pedra do Sal – Um pescador e seus amores.” é um romance que pode muito bem dar voz á muito do que calamos em nossos corações e almas! E para aqueles que vivem conosco, sentido pelo que lhes falamos e que lhes parece não ter nenhum sentido! Mas, “Pedra do Sal – Um pescador e seus amores.” indica também a necessidade de se ouvir o outro, pois as dúvidas, as inseguranças, as pressões sociais, culturais, não são um fardo só em nossas costas... Recaem de forma quase que indiferenciada sobre todas as pessoas! Rita de Cássia Amorim Andrade só vem confirmar a sua habilidade com o trato com a palavra, na tessitura de uma obra leve, elegante, cativante, fluida, limpa, multicolorida, que explora muito bem o espaço em que se desenrola! “Pedra do Sal – Um pescador e seus amores.” ainda traz consigo as belas imagens das terras da famosa praia de Pedra do Sal, no delta do Parnaíba, de sua gente, de seu mar, com suas lendas, tornando-se um belo convite á visitação destas paragens... Aliando-se também com a preocupação ecológicas e ambientais tão importantes nos dias de hoje. Enfim, “Pedra do Sal – Um pescador e seus amores.” é um romance que exalta a vida, por mais incompreensível que ela possa vir a ser, é um romance de esperança, de superação intima, de luta, com um ótimo final, que será facilmente alcançado, pois como destaca Wilton Porto,” a romancista provoca a continuação da leitura até o final do livro, porque queremos saber o resultado dos acontecimentos amorosos". Um dia desses quem sabe, não passearemos pela comunidade praiana da Pedra do Sal, em Parnaíba - PI, e fiquemos frente a frente com Cristina e Simão Pedro, sem o saber! “Pedra do Sal – Um pescador e seus amores”, de Rita de Cássia é uma estória de amor, daquelas que se não vivemos, com ela sonhamos, um dia vir a viver! Edvaldo Rosa www.sacpaixao.net 02/11/2015 Pedra do sal – Um pescador e seus amores, Rita de Cássia Amorim Andrade. 1° Edição – Teresina: Halley, 2009. 164 páginas. Contato: ramorimandrade@bol.com.br www.ritissima.com.br

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

INDICAÇÃO DE LIVRO - MANSÃO MOLNAR DE ROBERTO FERRARI

Esta indicação de livros vem de São Paulo, onde na noite do dia 04 de novembro foi lançado o livro “Mansão Molnár” do escritor e poeta Roberto Ferrari, nas dependências do Clube dos Magistrados, lançamento conjunto com a 1° Mostra Internacional de Artes FACES DA ARTE, realizada pelo artista plástico e curador da mostra Roko Brasil. E este lançamento trás a marca literária deste escritor e poeta paulista; Roberto Ferrari é um escritor profícuo, inventivo, encantador... Segundo Roberto Ferrari, este “Mansão Molnár” é uma viagem ao sobrenatural, repleta de situações atemorizantes e com um final surpreendente, onde os medos particulares de cada leitor serão testados, pois o livro cria situações de pânico cuja conclusão se dará na mente do leitor. A trama se passa em Abadia dos Dourados e relata os fatos ocorridos na cidade após a destruição do Barão Molnár e envolve vários personagens secundários, e a história principal se passa com um escritor, Rui Silva e sua namorada, Sandra Nunes. Ainda citando Roberto Ferrari, “Mansão Molnár” nos levará a um mundo de acontecimentos enraizados em muitas lendas e nos arrastará para um universo de violência, suspense e misticismo. Estou nas primeiras páginas deste livro, mas já me sinto envolvido pela leitura, fluente, cativante, a exemplo do ocorrido com o livro que o entecedeu, “Negócios de Sangue”, em que eu consegui chegar vivo ás últimas páginas... O que trás mais encanto na leitura destes trabalhos do escritor e poeta Roberto Ferrari é não saber o que encontraremos nas páginas vindouras, pois Roberto Ferrari renova a literatura de suspense e mistério ao trazer com a sua sensibilidade referências brasileiras a uma produção textual marcadamente estrangeira nas livrarias brasileiras. Edvaldo Rosa www.sacpaixao.net 06/11/2015

domingo, 13 de setembro de 2015

TODOS IRMÃOS...

TODOS IRMÃOS... Desejos... Tantos desejos! Embalam o meu coração como um rebento, Recém-chegado ao mundo... E ás suas ilusões... Mas como não posso sufoca-los, Resta-me dar-lhes as mãos e seguir! Que o nosso caminhar seja abençoado, E as sementes desejos deitadas ao chão, Possam brotar e serem planta-folha-fruto-semente... Possam ser mais que brevemente, Uma grande árvore de amor, com Verdes folhas de esperanças, E frutos doces, tenros, doces... Que sob si abarque todas as gentes, E os faça todos irmãos! Edvaldo Rosa www.sacpaixao.net 03/09/2015

sábado, 5 de setembro de 2015

HUMILDADE

HUMILDADE “Grande são os humildes que em suas arrogâncias extremas apenas soluçam, nunca choram, pois se o fizerem não caberiam estrelas no céu e pérolas na terra.” Dalvilson Policarpo - Educador paulista Neste caminhar pela vida, tocado pela poesia, que a minha percepção encontra ou reencontra nas pessoas e nas coisas, a humildade sempre foi matéria de reflexão, e espanto. Nos humildes a vida parece que é mais bela, mais leve, cheia de graças e felicidades. A humildade não pode e nem deve ser confundida com ignorância, antes ela é uma característica de alguns corações e almas, que não foram contaminadas pelas coisas do mundo... Por seus encantos efêmeros e passageiros... A humildade pode ser encarada como um estado de conformidade entre o que se é, e o que se tem, e o que se pode conseguir... Antes, não é passividade, nem alheamento, muito menos falta de coragem e entusiasmo com a vida. Costuma-se confundir humildade com um comportamento religioso, presente em nossa sociedade sob inúmeras denominações, e apresentação de regramentos... Mas, ser humilde é muito mais do que se adequar a esta ou aquela apresentação do divino. Ser humilde é antes de tudo, aceitar a vida, como ela se apresenta, e como se ela a vida, fosse um material maleável, embora de certa forma seja, ir moldando-se a ela, e moldando a vida como se quer, se deseja, ou na impossibilidade de se concretizar desejos, como ela pode ser... Antes de tudo a humildade é característica daqueles que mesmo em suas ignorâncias educacionais, são sem se darem conta, ou de se vangloriarem, sábios, com suas consciências pertinazes e atentas, vivas, plenas, conscientes do que a vida em comunidade lhes apresenta, querendo a todo o momento conduzir e moldar. Ser humilde não é ser cordeiro manso que vai de bom grado ao matadouro! Antes é ser consciente dos grilhões que a vida em sociedade lhes coloca nos pés, mãos e mentes. A consciência da vida que se tem, pode dar a exata dimensão do que falta, ou do que se tem em abundância. Como também do que nos foi tirado, ou do que nos fora tirado. Humildade nunca foi, e nunca será sinônimo de ignorância! Concordando com o aforismo de Dalvilson Policarpo, educador paulista, deixo aqui expresso este pensamento: A arrogância dos humildes é apenas soluçar, enquanto a sociedade em geral os massacra, lhes retira direitos, tolhendo até em muitos casos o seu direito de liberdade, de saúde e de educação, dentre outras tantas barbaridades a que estão sujeitos... A que estamos sujeitos todos nós, enquanto confundirmos humildade com ignorância, com falta de sensibilidade, com direito a uma vida plena. Para sermos todos cidadãos em gozo pleno de nossas prerrogativas que estão na constituição brasileira, e entre todos os organismos internacionais, na carta dos direitos humanos da ONU, precisamos ultrapassar os rótulos e as discriminações, procurando encontrar os denominadores comuns que façam da vida de todos, um bem real e palpável para se desfrutar. A educação é um meio de se chegar a esses denominadores comuns, educação sobre tudo, que englobem todas as esferas de nossas vidas, pessoais e em sociedade. Nossa conduta pessoal é um micro cosmo, uma pedra fundamental para a construção do macro cosmo, a sociedade. Nossa educação pessoal, transferida para nossos pares, para nossos filhos, é e sempre será o ponto fundamental em nossas vidas e nas de outros. Posições e condições sócio-econômicas, não são e nem deveriam ser o que toca o mundo! Antes, todos nós, humildes ou não, somos seres humanos, e como tal deveríamos ter assegurada o nosso direito ao que é bom e bem... Mas, quem é humilde e quem não o é? Não cabe a mim indicá-lo, nem a outrem... Ser ou não ser o que quer que seja é de fulcro intimo e pessoal, e cada um deve saber a quantas anda os seus corações e almas, que se deixam mostrar através de suas ações. Sim, certos humildes são arrogantes, quando somente choram e se lamentam, sem lutar por alguma mudança, mas a responsabilidade sobre o como se comportam ou não, não são só deles, mas também nossa, que os olhamos do lado de fora de nossas casas, escritórios, faculdades, e do lado de fora de nossa arrogante atitude em achar que a vida é poder, é dinheiro, é status, e coisas mais que o valha! Enquanto isso estamos construindo muros, erguendo cercas elétricas, contratando cães de guarda, guarda costas, brindando carros, enquanto sonhamos proteger nossas posses tão efêmeras... Chegará o dia que desejaremos ter aqueles humildes ao alcance do olhar... Chegará um dia, que a turba de famintos, desolados, sem casa, sem trabalho, estará as nossas portas querendo as derrubar... Mas estes ainda serão felizes sobreviventes desta guerra civil que vivemos hoje... A guerra está declarada, deflagrada, e nossos filhos são as primeiras vitimas... Até quando aguentaremos esta situação se já estamos matando pouco a pouco as sementes de nosso futuro? Edvaldo Rosa www.sacpaixao.net 25/08/2015

quinta-feira, 16 de julho de 2015

TODA MULHER É AMOR...

TODA MULHER É AMOR... A mulher sempre foi e sempre será, Plena do há de melhor... É uma dádiva divina, Pelo poder também de se doar, Á todos nós outros... A mulher de hoje é a mesma de outrora, Do tempo em que o próprio tempo principiava... Mas, hoje, também são outras, esta senhora! Cabe ao olhar, nosso e delas próprias, Ver para além de toda forma, Ver de novo, toda a novidade latente, presente Em suas almas... Pois elas, as mulheres, todas elas, Detêm nas mãos as rédeas de suas vidas, E as de nossa história! Pois, toda mulher é amor! Edvaldo Rosa www.sacpaixao.net 25/03/2015