domingo, 1 de fevereiro de 2009

O SILÊNCIO...



O silêncio...


Comecei a pensar no silêncio, nas suas possibilidades boas e más, a partir de um contato com uma amiga que estava quieta em seu canto, e que eu, fui tocar com os meus pensamentos.

Penso que a quietude é um estágio presente na vida, um modo de estar frente á frente com a vida e que traz uma infinidade de possibilidades para quem esta passando por ela.

Aquietar-se possibilita um reencontro com nós mesmos.

Silenciar pode , assim, trazer-nos á consciência outros aspectos de nossa própria vida que estávamos deixando passar despercebidos.

Vasculhar as nossas emoções, tocar com uma nova visão os nossos sentimentos, trazem sim, beneficios em quantidade, portanto, não tenhamos medo de encararmos a nós mesmos.

E mesmo aspectos negativos, não podem e nem devem ser deixados de lado, vasculhados e análizados.

Isolar-se antes de ser negativo, deve ser encarado positivamente, mesmo por que, não devemos nos deixar vencer por desânimos e negativismos.

Na procura de nosso eu mais intimo e verdadeiro não podemos nos deixar desanimar, por qual motivo seja!

É em nosso intimo, que reside todo o virtualismo do nosso futuro!

E o silenciar, pode ser apenas um modo, de dar tempo para que outras possibilidades para a nossa vida, cumpram o seu “tempo” de germinação! E de posterior maturação!

Este estado de estar além de tudo, dá chance para que nos encontremos com outras oportunidades, que de outra forma passariam despercebidas á nossa consciência.

E quantas idéias novas não germinam neste campo fértil?

E quantas maravilhas não foram criadas por mentes brilhantes após fases de silencio e isolamento?

As maravilhas encontradas nas obras literárias, não foram escritas certamente, sob o peso do caos que é todo o burburinho da vida!

A vida é também a existência de sons e barulhos, mas também de silêncios!

Na verdade não sabemos muito bem a que viemos a este plano de existência, mas com os sentidos enlouquecidos e por vezes distorcidos é que não vamos descobrir o nosso papel nesta vida.

No livro “ Quinta Colônia, Dimensão e Caminho do Paraíso “ de Jacó Filho, editora idéia, este aspecto da vida é fortemente e brilhantemente abordado.

O encontrar-se consigo mesmo pode trazer surpresas!

E a nossa vida certamente nunca será mais a mesma!

A partir do despertar de nossa consciência, da formulação de nossos pensamentos e de uma adequada exposição de nossos sentimentos, estaremos cumprindo com a nossa parte no processo de transferência de consciência individual para a coletiva. Dando assim, a nossa colaboração, para o desenvolvimento da vida humana.

Mas como tudo traz algum risco, as distorções nesse processo serão tão grandes, quanto a facilidade ou a dificuldade em obtê-lo!

Se temos algum controle sobre a vida e seus caminhos, que tenhamos sobre as nossas vidas, primeiramente!

E que tudo que advir de nossa quietude, possa ser proveitoso e o máximo possível de positivo.

Quanto ao silêncio imposto, autoritário, arbitrário este sim é perigoso e daninho, tanto em uma escala individual quanto coletiva.




Edvaldo Rosa

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29/01/2009

SERÁ O FIM PRÁ NÓS?



SERÁ O FIM PRÁ NÓS?



Coisas loucas saindo por nossas bocas,

palavras duras contrarias ás doces juras de amor,

vão cavando trincheiras, cavando abismos

que dificultam o contato entre nossos corpos...

Que espantam a possibilidade de novos beijos,

que afastam nossos braços uns dos outros,

que nos transformam pouco a pouco

em dois loucos...

Totalmente sós!

Coisas loucas saindo pelas nossas bocas,

pedras atiradas sem dó!

O que estamos fazendo um com o outro?

Onde o amor professado até ainda a pouco?

O carinho, o respeito, cadê?

Aos nossos olhos nossas faces se desvanessem,

não identificamos mais um ao outro...

Será o fim prá nós?




Edvaldo Rosa

26/01/2009

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SABOR PITANGA - RESENHA



Sabor Pitanga - Resenha


Fui buscar dentre minhas memórias o sabor pitanga com o qual adocei em certo momento a minha vida... Fui buscar em mim alguma referência que me auxiliasse a entender o espirito que permeia o livro de poesias de Marilene Teubner, Sabor Pitanga.
A pitanga é uma fruta carnosa, vermelha (a mais comum), amarela ou preta, e bastante saborosa, rica em cálcio, a pitanga é nativa da mata atlântica brasileira, encontrada desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
Pode ser encontrada também na ilha da Madeira, Portugal, onde foi introduzida.
Mas sobretudo a pitangueira é nativa das terras brasileiras, e assim, o Sabor Pitanga é bem brasileiro!
A palavra “pitanga” vem do tupi-guarani, e significa “vermelho”.É por isso que nos poemas do livro Sabor Pitanga de Marilene Teubner os sentimentos são constantes e profundos.
A planta é cultivada tradicionalmente em quintais domésticos. Dá-se bem em terrenos arenosos junto às praias e os frutos são ótimos atrativos para pássaros.
Não é de se estranhar, portanto, que os poemas contidos no livro Sabor Pitanga de Marilene Teubner, quase uma centena, venham do fundo de seu coração, de sua mente e de sua alma.
É fato que o auxilio de sua vivência, tanto pessoal quanto poética, trouxeram ao livro Sabor Pitanga um frescor e uma vitalidade que rivalizando com a planta pitangueira, atrai e conquista o leitor já na leitura de suas primeiras páginas.
Não é demasiada a apresentação da poetisa na página 7, através de um acróstico de Dirce Cecilia Cozatti.
É de extrema sensibilidade a prescrição feita pela autora na página 9, com o poema “ Medicação “.
Assim contrariando a natureza da árvore, pitangueira, que tem um desenvolvimento moderado, já nos primeiros poemas do livro Sabor Pitanga podemos perceber uma crescente torrente de sentimentos...
Se a árvore é medianamente rústica, o mesmo não se aplica aos poemas de Marilene Teubner em seu livro Sabor Pitanga, a menos que consideremos sentimentos puros, profundos como rústicos!
Quanta sensibilidade vai sendo encontrada a cada página lida.
Chamou a minha atenção “Últimos versos”, quanto amor... Em “Perigo” , a ameaça de se amar demais!
Encontrei filosofia incrustada em “ Ostra “, que apreendamos a viver então.
E os temas das poesias de Marilene Teubner, em Sabor Pitanga, vão desfilando ao olhar atento com uma sensibilidade fina e antenada com a vida cotidiana, com os sentimentos e pensamentos das pessoas de hoje, mas que sonham amores e tecem desejos de tempos idos, quando tudo parecia ser bem melhor do que agora.
Assim, Sabor Pitanga, resgata valores importantes do ser humano, fala de desejos que todos, homens e mulheres, trazem dentro de si e que inibem sob o peso do dia a dia tão corrido, mais, Sabor Pitanga, revela a nossa face mais pura, “rústica” talvez, por não usar máscaras, agradável e amorosa.
Sabor Pitanga é um delicioso livro. E os seus poemas trazem o frescor de nossos melhores momentos vividos, e a esperança de vivermos estes mesmos momentos, caso não os tenhamos vivido.
Por fim, nas palavras de seu editor, Rossyr Berny, da editora Alcance, “ Pitanga, como a fruta, é um beijo sedento que mata a sua sede nos lábios da poesia e do amor. Delicie-se! “

Em tempo:

Sabor Pitanga
Marilene Teubner
Editora Alcance – 2008

Contato com a autora:

marileneteubner@hotmail.com

Edvaldo Rosa
WWW.EDVALDOROSA.COM.BR
27/01/2009