quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Uma rosa pra você!

Dueto: Saramar Mendes/Edvaldo rosa:
Passado

Em uma gaveta qualquer, encontrei palavras antigas.
Não tinha idéia que as tinha guardado ainda comigo,
Eram palavras ansiosas e foram palavras esperadas,
colhidas com paixão, embaladas em sonhos de amor.
Palavras doces, palavras encantadas, palavras faladas com emoção!
Hoje dormem o sono de todo amor,
Perdido!
Ao vê-las assim tão tranquilas,
Assusta-me lembra-las tão contundentes,
Ao lê-las assim tão quietas,
Assusta-me lembra-las tão agitadas...
a recordação das vertigens,
de quando me achegava em você,
que guardam em segredomeus/nossos sentimentos mais intimos
e das lavas que derramavam
quando nossos corpos dormiam unidos quase nada desperta.
Quem sabe uma leve brisa a revolver as cinzas,
talvez uma aragem de melancolia e doces momentos
trancados em alguma veia deste meu corpo esquecido,
Quem sabe apenas uma tênue lembrança,
daquele amor de criança,
que outrora tanto me animava o peito,
que hoje com todo o correr do tempo,
nem aquece,
nem me faz arfar o peito,
passado sem dramas que nem traz a tona doces sentimentos!

Mensagem de Natal

O olhar de Jesus

Recordemos o olhar compreensivo e amoroso de Jesus,a fim de esquecermos a viciosa preocupação com o argueiro que, por vezes, aparece no campo visual dos nossos irmãos de luta.
O Divino Mestre jamais se deteve na faixa escura dos companheiros de caminhada humana.
Em Bartimeu, o cego de jericó, não encontra o homem inutilizado pelas trevas, mas sim o amigo que poderia tornar a ver,restituindo-lhe, desse modo, a visão que passa, de novo, a enriquecer-lhe a existência.
Em Maria de Magdalena, não enxerga a mulher possuida pelos gênios da sombra, mas sim a irmâ sofredorae, por esse motivo, restaura-lhe a dignidade própria,nela plasmando a beleza espiritual renovada que lhe transmitiria, mais tarde, a mensagem divina da ressureição eterna.
Em Zaqueu, não identifica o expoente da usura ou da apropriação indébita, e sim o missionário do progresso enganado pelos desvarrios da posse e, por essa razão, devolve-lhe o trabalho e o raciocínio à administração sábia e justa.
Em Pedro, no dia da negação, não repara no cooperador enfraquecido, mas sim no aprendiz invigilante, a exigir-lhe compreensão e carinho, e por isso transforma-o, com o tempo, no baluarte seguro do Evangelho nascente, operoso e fiel até o martirio e a crucificação.
Em Judas, não surpreende o discipulo ingrato, mas sim o colaborador traido pela própria ilusãoe, embora sabendo-o fascinado pela horaria terrestre,sacrifica-se, até o fim, aceitando a flagelação e a morte para doar-lheo amor e o perdão que se estenderiam pelos séculos, soerguendo os vencidos e amparando a justiça das nações.
Busquemos algo do olhar de Jesus para nossos olhos e a critica será definitivamente banida do mundo de nossas conciências, porque, então, teremos atingido o Grande Entendimento que nos fará discernir em cada ser do caminho, ainda mesmo quando nos mais inquietantes do mal, um irmão nosso,necessitado,antes de tudo, de nosso auxilio e de nossa compaixão.

Mensagem de Emmanuel
Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier


Mando este texto por considerar que devemos ter um novo olhar para as coisas da vida, e neste ano que se inicia teremos uma nova oportunidade de rever nossos conceitos, e de reavaliar os nossos sentimentos a respeito das pessoas a nossa volta.
Para mim Natal é isso, uma nova oportunidade de renovação para a vida!
Que possamos ter um olhar amoroso para o próximo, pois tenho a certeza de que é assim que gostariamos de ser vistos!

Abraço!

terça-feira, 22 de novembro de 2005

QUANDO OLHO EM SEUS OLHOS...

QUANDO OLHO EM SEUS OLHOS...


Quando eu olho em seus olhos,
vejo refletida a minha imagem!
Percebo que esta um pouco distorcida...
Mas ainda sim a minha imagem!
Peresce um pouco a minha tristeza,
a cada instante que me fitas...
Acalora-me a tez da face,
a cada instante que me fitas!
A cada instante que me miras,
com teus olhos verdes,
lanças dardos de esperança,
a minha imagem que vejo em teus olhos distorcida!
Se me recolheço em teus olhos,
mesmo diferentemente do que me vejo,
é porque tu me amas...
É isso que eu vejo,
quando eu olho em seus olhos,
sempre a espera de um beijo!

sábado, 22 de outubro de 2005

DORME GIGANTE...

DORME GIGANTE...

Dorme gigante, bem...
Envolto na distância inexistente,
dorme de mim ausente,
dorme!
Sabe sei que de tudo
tú se recente,
neste teu instante de distância!
Dorme gigante, aplaca a tua ânsia,
eu não estou ausente!
E tú esta presente,
na mente minha, que te emlaça,
que te abraça,
desta distância aparente!
Dorme gigante...
E descansa!

21/10/83

VOCÊ SABE QUE TE AMO...

VOCÊ SABE QUE TE AMO...

Você sabe que eu te amo!
Olha, pois pela janela do seu quarto,
Com seu olhar mais amoroso,
Caminha, com o passar da visão pela relva,
Sinta cada toque de grama, te tocar,
Veja o orvalho que se desprega das nuvens
Nas plantas escorrem...
Veja os sons que te cercam e caminha,
Pelos caminhos do mundo que abriga!
Cansada pelo caminho, volta para teu quarto,
Sorria, sorria já não há motivo para chorar!

08/12/1985

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

ÉS FLOR...

ÉS FLOR...

Quem disse és flor,
Talvez não visse espinhos,
Embaixo das pétalas,
A dor!
No ouvido, uma palavra,
Adentrando e passeando,
Com seus pés aveludados,
Entre o tímpano, a bigorna e o martelo,
A perder-se lá dentro...
Era o som ecoando da voz...
Era aquela palavra,
Perdida entre loucuras,
Loucuras que emanam do mundo lá de fora,
A palavra... Amor!



19/04/82

segunda-feira, 22 de agosto de 2005

NÃO QUERO VÊ-LA TRISTE, MEU AMOR!

NÃO QUERO VÊ-LA TRISTE, MEU AMOR!

Não posso vê-la triste, meu amor,
Isso me machuca,
Sua alegria é minha força,
Tua vida a minha vida,
Quando esta triste, as tuas lágrimas,
São para mim como as gotas d’água,
Que vem e vão...
Deixando as suas marcas!
Minha alegria,
Nas garras de tua tristeza se extingue,
E na tristeza que sinto, que sentes,
Afogo-me lentamente, inexoravelmente!
Eu ti amo, bem sabes,
E este amor nos une terrivelmente,
Profundamente!
Não fique triste novamente, nem por um momento sequer...
Sua tristeza me pune,
É enfim um tormento...
É como se te falhasse em meu amor...
Eu em algum momento falhei contigo?
Por que em teus olhos tamanho sofrimento?

sexta-feira, 22 de julho de 2005

NO SILÊNCIO DA NOITE...

NO SILÊNCIO DA NOITE...

No silêncio da noite, um grito!
Como um raio que se espande e tudo toca,
Um rio que tudo abraça e arrasta...
Um pássaro que plana, cheio de graça,
Uma brisa que passa!
No silêncio,
Na escuridão... Uma adaga,
Que cortando o ar me rasga!
E voa, e passa, me trespassa... E passa!
Qual um grito,
O raio,
O rio,
O passaro,
A adaga...
Destroça-me!
E em meio à escuridão,
Á um silêncio que angustia,
Com as entranhas a mostra,
O coração trespassado,
A adaga volta e golpeia, e golpeia... Golpeia!
-As nossas lembranças me matam...


23/11/84

quarta-feira, 22 de junho de 2005

NEM AO MAR, NEM A TERRA...

NEM AO MAR, NEM A TERRA!

Procurando-te...
Nos pratos de balanças,
Nos punhados espalhados,
Nas palmas das mãos librianas...
Apanhei-me!
Olhava o prato, as palmas,
E o que via não me bastava...
Nem me reconstituía á vida,
A perdida, confiança, desgarrada!
Um mar a palma esquerda,
De lágrimas e soluços havia.
Na direita,
O amor, que ferido sangrava!
Um olhar-labareda tênue,
Com esperança ia,
A olhar a esquerda, chorava,
A direita ria!
Nem ao mar, nem a terra aderia!

domingo, 22 de maio de 2005

NESTE MOMENTO...

NESTE MOMENTO...

Neste momento, eu não passo.
De flor à tona d’água,
Sem raízes no concreto,
Sem pousada a beira duma estrada!
Sou algo indigesto,
Algo que atiça,
Nas brasas dum fogo insano,
A chama da própria vida!
Neste hiato,
Sou algo que simula,
Algo que se disfarça,
Sou o fraco que quer ser forte,
O forte que se enfraquece!


22/12/83

sexta-feira, 22 de abril de 2005

NAS NOITES DE MEUS DIAS...

NAS NOITES DE MEUS DIAS...

Passei as noites de meus dias,
Curvando o meu pensamento,
Na direção em que tu partiras,
Pensando ver em cada curva do caminho,
Pétalas em cada pegada que deixaste...
Reclinei-me a cada nicho,
Esperando sentir o seu perfume!
E a cada horizonte,
Onde a luz beija a terra em cascata,
Pensava encontrá-la finalmente,
Posto que estava, ao tudo e ao nada,
Frente a frente!
Passei tantas noites em vigília a tua espera...
Com o olhar perdido em tantas esperas...
Que o amor em meu coração se revestiu de mágoas,
E os olhos que brilharam esperança,
Embotaram-se em tantas lágrimas...
Que a tua procura fez brotar em meus sentimentos...
E os meus pensamentos, começaram a falhar...
Os meus sentimentos começaram a morrer!

NÃO QUERO MAIS...

NÃO QUERO MAIS...

A realidade esta do avesso,
Seu amor outrora tão travesso,
Hoje é apenas fugaz...
Desencantado!
Toda a nossa realidade perdendo o sentido,
Os toques... Tão superficiais...
Os beijos, outrora tão molhados, espaços...
A minha realidade tão transpassada,
A sua, tão irreal,
Ambas são como um lençol todo vazado.
O orgasmo, o tesão, tão perdidos...
Eu estando a teu lado, tão desconhecido,
Você a meu lado, tão inacessível...
Este avesso da realidade, não quero mais!


17/09/88

terça-feira, 22 de março de 2005

NA AUSÊNCIA DO AMOR...

NA AUSÊNCIA DO AMOR...

Na ausência do amor
Sinto o vazio do éter,
Sinto livres, os pés no espaço,
Entre ilusões...
Sem o amor em mim,
Sinto o toque de sombras,
_Daquilo que fui!
E o desespero,
_daquilo que não sou!
Sem amor em mim, sou eco,
Num crescente de morrer...
Como um querer que ninguém quis,
Sem amor em mim,
Sou apenas um esboço,
Outrora dum moço,
Tão insano pra viver!
Hoje um homem,
Tão insano pra morrer!


22/12/84

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

MORTE...

MORTE...

Morte, escuridão,
Plano de fusão,
Do estar sendo, do que foi,
Do que será!
Parada segunda,
Após prévias paradas!
Que não foram as primeiras,
Nem a última será!
Escuridão, morte,
Algo além do verbo,
Posto que não se conjuga,
Fusão... Falta de limites...
Diapasão que propaga o som...


16/04/83

sábado, 22 de janeiro de 2005

MUITO TEMPO MAIS...

MUITO TEMPO MAIS...

Os vermes do tempo,
Corroeram nossa carne,
A sua corroeram ainda mais,
Não tenho como saber o quanto,
Eles te abateram,
Dos seus passos, não sei,
Quantos mais...
Mas nossos passos se aproximaram outra vez,
E te senti tão frágil,
Flor que se resente,
Duma pequena brisa,
Dum calor ameno,
Duma luz fugaz!
Queira Deus,
Que estas visões sejam apenas miragens...
Que em meus olhos molhados,
Vieram estar...
E se tu choravas na despedida,
Eu chorava enquanto partia...
Que o seu pranto tenha sido de alegria,
-pelo nosso encontro!
Pois o meu foi de alegria,
Por ter estado a teu lado,
Ter ouvido a sua voz,
-tão calma e amiga!
Não tenha medo, nem te aflijas,
Por mais que o tempo nos abata,
Haverá muito tempo, além, ainda!
Haverá outros encontros, e outras estadas,
Pois o amor entre nós nos arrebata,
E por mais longe que nos levem as estradas...
Haverá muito tempo, mais...




27/07/2003